Collor pediu perdão aos brasileiros em 2020, 30 anos após o confisco. Em uma publicação nas redes sociais, ele classificou o plano como “economicamente viável, mas politicamente sensível”. “Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, escreveu.
Caso PC Farias
Dois anos após a vitória eleitoral, o então presidente foi acusado por seu irmão Pedro Collor de participação em um esquema de corrupção. Em entrevista à revista “Veja”, Pedro afirmou que Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Collor, era o responsável pela articulação.
O esquema envolvia cobrança de propina de empresários, contas fora do país e pagamento de gastos pessoais de Collor. Foram encontrados documentos que comprovavam as supostas transações ilícitas entre PC Farias e o então presidente.
O ex-tesoureiro foi preso por sonegação fiscal e condenado pelo STF por falsidade ideológica, enquanto Collor conseguiu a absolvição. Em 1995, dois anos após ser preso, PC Farias conseguiu liberação para cumprir pena em regime aberto. No ano seguinte, entretanto, foi morto com um tiro no peito.
Impeachment
Após as acusações de Pedro Collor, os chamados “caras-pintadas” foram às ruas pedir o impeachment do presidente. Diante da pressão popular, a Câmara dos Deputados autorizou a abertura do processo de impeachment e o afastou do cargo, e meses depois o Senado aprovou a cassação definitiva do mandato dele.