“A ânsia por conseguir e engajamento em redes sociais levou senadores a um clima de baixaria e grosseria. O parlamento perdeu a capacidade de lidar com a divergência”, lamentou o empresário ao Valor, em um sinal de que Marina despertou solidariedade fora de sua bolha.
Durante a sessão do Senado, antes de fazer qualquer questionamento, Valério disse que respeitava Marina como mulher, mas não como ministra. Marcos Rogério, que presidia a sessão, cortou o microfone de Marina muitas vezes e disse que a ministra deveria “colocar-se no lugar dela”. São dois exemplos, na visão de Camargo Neto, de polarização. “Conseguem perder até uma discussão em que estão certos. A ministra não se fortaleceu, mas eles se enfraqueceram”, disse.
Camargo Neto é integrante da “Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura”, grupo formado por empresas, entidades patronais e ONGs interessada em fomentar desenvolvimento ambientalmente sustentável. O grupo divulgou uma nota oficial de repúdio aos senadores que hostilizaram Marina.