Encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, Adalberto Amarilio dos Santos Junior estava “alterado e bastante agitado” na noite de sexta-feira (30) — última vez em que foi visto vivo antes de seu corpo ser encontrado na terça-feira (3). Foi o que um amigo afirmou em depoimento à Polícia Civil.
Conforme o g1, Rafael contou à polícia que Junior consumiu maconha e oitos copos de cerveja durante o evento ao qual foram juntos em Interlagos na última sexta. Ele também relatou que o amigo adquiriu a droga no local, com estranhos.
O consumo foi durante o show do rapper Matuê, que começou por volta das 19h45min e fazia parte da programação do evento no kartódromo de Interlagos.
O amigo informou a Fernanda Dândalo, esposa do empresário de 35 anos, que havia se despedido dele após o fim do evento, quando Junior informou que iria até o estacionamento do kartódromo, onde estava o carro dele. A mulher do empresário contatou Rafael durante a madrugada, ao perceber que o marido não havia retornado para casa.
Investigação
A linha preliminar de investigação da Polícia Civil aponta que Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi colocado ainda com vida no buraco onde o seu corpo foi encontrado. Diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Técnica-Científica de São Paulo, Ricardo Lopes Ortega acredita que o empresário pode ter sido morto por asfixia.
— O corpo da vítima apresentava escoriações superficiais e, ao que parece, a morte ocorreu por conta de uma compressão torácica que promoveu uma asfixia — afirmou.
Junior estava sem calça e sem tênis quando o corpo foi encontrado, mas não apresentava marcas de sangue aparentes. Na quinta-feira (5), um grupo de garis encontrou uma calça na região de Interlagos, que foi encaminhada para perícia no Instituto Médico-Legal.
Um laudo pericial deve confirmar a causa da morte de Junior, cujo corpo foi submetido a exames de raio X, toxicológico, anatomopatológico e subungueal — que analisa materiais sob as unhas.
— Foram realizados exames de imagem e de raio X para verificar se existia algum tipo de fratura. A partir disso, a gente iniciou o exame necroscópico, mas até o momento, nós não encontramos nada que pudesse dar causa à morte do Adalberto — explicou Giovanni Chiarelo, diretor técnico divisionário do Centro de Perícias do IML.