“Esse acordo seria a resposta mais forte que nossas regiões poderiam oferecer diante da incerteza causada pelo retorno do unilateralismo e do protecionismo tarifário”, acrescentou, referindo-se às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Macron, no entanto, argumentou que os seis meses mencionados por Lula poderiam ser usados ??para “melhorar” o pacto, mas não para assiná-lo da forma como está.
“Temos seis meses para melhorá-lo, com cláusulas recíprocas, porque o acordo como está não é bom para o clima nem justo [para os agricultores]”, disse Macron.
“Não sei como explicar aos meus agricultores que, em um momento em que estou pedindo que eles cumpram mais normas, [e no outro] estou abrindo meu mercado em grande escala para pessoas que não cumprem nada”, continuou o presidente francês. “Não será melhor para o clima, mas destruiremos completamente nossa agricultura.”
Macron defende cláusula de reciprocidade
Macron sofreu mais de uma onda de intensas manifestações de agricultores contra o acordo de livre-comércio. A disputa chegou a gerar um ruído diplomático após o CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, dizer que a rede varejista não compraria mais carne do Mercosul em razão de o produto não atender as exigências europeias.