O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (5) à Polícia Federal (PF) não ter mantido contato com parlamentares ou integrantes do governo Donald Trump sobre possíveis sanções a autoridades brasileiras.
Bolsonaro prestou depoimento durante a tarde no inquérito que investiga a suposta ação do seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para tentar obstruir o processo da tentativa de golpe de Estado, no qual o ex-presidente é réu.
Ao deixar a sede da corporação em Brasília, Bolsonaro confirmou o envio de R$ 2 milhões a Eduardo, que atualmente vive nos EUA, e afirmou que os valores têm finalidade privada.
“Eu estou financiando meu filho e minha neta, e a acusação é de que eu estaria financiando atos antidemocráticos. O trabalho que ele faz lá é pela democracia do Brasil. Não existe sanção de autoridades brasileiras nos Estados Unidos”, disse.
“Eu depositei 2 milhões na conta dele. Tenho dois netos, e tudo lá é muito mais caro”, acrescentou.
Ele classificou a apuração como uma “perseguição”. “A perseguição continua. Muito pior foi feito em 2017 e 2018, quando Lula estava preso. O PT rodou o mundo denunciando a Justiça brasileira como parcial. É uma perseguição”, declarou.
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Bolsonaro também foi questionado sobre Carla Zambelli (PL-SP), que está foragida na Itália após a decretação de sua prisão preventiva pelo STF. O ex-presidente negou qualquer relação com a deputada e afirmou que não enviou recursos a ela.
“Não tenho nada a ver com Carla Zambelli, não transferi dinheiro para o Pix dela. Hoje, fui ouvido apenas sobre a questão dos recursos enviados ao meu filho, que está nos Estados Unidos.”
(com Agência O Globo)