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Eduardo Bolsonaro arma circo e Moraes dá o picadeiro

Medida é motivada por declarações nas quais Eduardo defendeu o fechamento do STF.

O Brasil é um país que precisa de seriedade, mas vive refém de gente que transforma a República em entretenimento de mau gosto. A mais nova performance é protagonizada por Eduardo Bolsonaro, ex-deputado, ex-pretendente a embaixador e atual influenciador político de auditório em Miami, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Moraes retirou o sigilo do inquérito que investiga o filho do ex-presidente e autorizou a abertura de uma apuração formal. O motivo: declarações públicas em solo americano, onde Eduardo defendeu o fechamento do STF e se mostrou empenhado em convencer autoridades dos EUA a imporem sanções contra ministros da Corte brasileira.

Segundo a PGR, a conduta pode configurar incitação ao crime e tentativa de atentar contra as instituições democráticas. O caso, lógico, será relatado pelo próprio Moraes. E a reação foi rápida como sempre tem sido quando alguém cutuca o brilho da toga.

O problema é que essa história a gente já viu antes e ela sempre termina do mesmo jeito. De um lado, um deputado que tem como único mérito ser filho do ex-presidente e como única atividade política repetir, em voz alta, as asneiras que circulam em seus grupos de WhatsApp. Do outro, uma Justiça que vive da ilusão de que decisões simbólicas são suficientes para manter a ordem democrática.

Eduardo Bolsonaro não é um estrategista político. É um abobado. Um constrangimento ambulante para qualquer pessoa que já leu um livro. Vive de gafes e provocações. E justamente por isso, por ser minúsculo, não deveria merecer tanta atenção institucional. Ele cresce quando é levado a sério.

Transformar provocações toscas em processo de Estado é dar a um palhaço o palco que ele deseja. O jogo vira espetáculo: ele posa de mártir da liberdade de expressão e o Supremo se apresenta como guardião da democracia. E ambos saem de cena alimentados, um pelo engajamento, o outro pela liturgia.

O STF, que poderia ter ignorado a armadilha, caiu na esparrela. E agora os lados se retroalimentam: um grita “fecha o Supremo” para a plateia do Instagram, o outro responde com inquérito e manchete. O país, mesmo? Continua onde sempre esteve: na plateia, sem roteiro, sem direção, e pagando o ingresso mais caro.

Enquanto isso, o Judiciário segue alheio ao que de fato importa: a lentidão processual, os presos sem julgamento, o caos no sistema penal, o excesso de burocracia. Mas tudo isso pode esperar, afinal de contas tem um filho de ex-presidente dando show lá fora e parece que isso, no Brasil de hoje, é muito mais urgente.

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