Vamos à sequência dos fatos: dois deputados da oposição fizeram perguntas provocativas e afirmações que exigem qualificação. Por exemplo, alegaram que houve superávit de R$ 54 bilhões, em 2022, quando se sabe que esse resultado foi obtido com postergação de despesas e outros truques contábeis.
Quando o ministro se preparava para responder, os parlamentares deixaram a sessão. Haddad criticou a postura, afirmando ser ‘molecagem’. Disse que tenta debater com o bolsonarismo, mas não consegue, porque eles correm do debate de ideias. Em seguida, lembrou que o governo anterior deu calote nos precatórios, ficou devendo aos governadores. E que quem pagou foi o governo Lula.
Os deputados voltaram para a sala para rebater o ministro. Mas estava claro: não estavam ali para apresentar suas posições de forma honesta, e sim para usar o mandato como palco de lacração nas redes sociais. Enquanto isso, o ministro estava lá para dialogar.
A reunião foi encerrada pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) diante do tumulto. Na saída, o ministro Fernando Haddad falou em “desrespeito” e lembrou os ataques sofridos pela ministra Marina Silva, na semana passada, em audiência na Casa.