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Crise no INSS: Lula reúne auxiliares para discutir situação de Lupi | Política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com auxiliares para analisar a situação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, nesta segunda-feira (28). Ele desembarcou de Roma no domingo (27), após surgirem novas revelações sobre os descontos feitos na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas sem autorização.

Uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, no sábado (26), apontou que Lupi foi alertado em junho de 2023, durante uma reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), sobre as suspeitas de irregularidades nos convênios que possibilitavam os descontos.

O ministério, no entanto, demorou quase um ano para tomar providências, possibilitando que os desvios seguissem e até aumentassem nesse período, de acordo com uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo interlocutores do governo, a permanência de Lupi no cargo vai depender do avanço das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF). Uma eventual demissão do ministro, no entanto, só deve acontecer se surgirem fatos novos ou depois que ficar esclarecido como ele de fato atuou – ou deixou de atuar – assim que tomou conhecimento do problema.

Fontes a par da investigação afirmam que, até o momento, o nome do ministro não apareceu ligado a nenhuma prática de crime, mas é preciso aguardar para ver o que surgirá do material apreendido das buscas realizadas na última quarta-feira (23), quando foi deflagrada a “Operação Sem Desconto”.

A avaliação entre integrantes da Esplanada dos Ministérios é que é preciso saber exatamente se houve omissão, isto é, quais foram as providências que Lupi pediu, para quem e quando.

O sentimento é que essas informações precisam ser levantadas rapidamente porque, em casos como esse, é natural que as suspeitas se voltem contra o titular da pasta. Ao mesmo tempo, aponta-se que não se pode deixar uma autoridade do alto escalão do governo “pegando fogo em praça pública”.

Um ministro ouvido sob reserva pelo Valor diz que, apesar da gravidade do que foi revelado pela operação, uma série de providências já estavam em andamento para corrigir as irregularidades no desconto das mensalidades associativas.

Além disso, ele reforça que, até agora, não existe nenhum indício de envolvimento de Lupi com a atuação da organização criminosa revelada na semana passada pela PF e pela CGU e que o ministro da Previdência sempre se mostrou “muito colaborativo e preocupado” com a situação.

Desvio de R$ 6,3 bilhões

A operação deflagrada na quarta revelou um esquema que pode envolver até R$ 6,3 bilhões em desvios em aposentadorias e pensões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as investigações, 11 associações são suspeitas de descontar valores de mensalidades dos aposentados sem a autorização deles.

Na ocasião, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado pela Justiça e, em seguida, demitido por ordem de Lula. O ministro da Previdência admitiu que ele havia sido uma escolha pessoal para o cargo e, em um primeiro momento, disse que não iria demitir o aliado.

A declaração, durante entrevista à imprensa, surpreendeu o Palácio do Planalto. Mesmo assim, Lula preferiu preservar o ministro diante da importância do PDT, do qual Lupi é presidente licenciado, para a base aliada.

No começo do mês, o governo já havia passado por uma crise ao ter que demitir o então ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciá-lo por irregularidades no uso de emendas parlamentares.

Procurado pelo Valor, Lupi não retornou. Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” no domingo, o ministro defendeu que não foi omisso em relação ao assunto, mas afirmou que o caso tem “safadeza de muita gente”. Ele também disse que tem falado “normalmente” com Lula e está com a “consciência tranquila”.

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