Gilvan pediu desculpas. Ontem à noite, ele fez um discurso no plenário dizendo que estava arrependido e prometendo mudar seu comportamento. “Peço desculpas a quem se sentiu ofendido, não estou aqui falando para não ser punido, reconheço que no calor da emoção eu extrapolei”, afirmou.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), elogiou a atitude. “Vossa Excelência aqui no plenário, colocando e se comprometendo a uma mudança de comportamento, isso engrandece seu mandato.”
O pedido de desculpas contrastou com a visão sobre Gilvan na Câmara. Até aquele momento, nem seus colegas de PL estavam dispostos a defender o parlamentar, por entender que ele tem reiterado acessos de raiva, apelava para violência e manchava a imagem do partido.
O UOL apurou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, desaprova o estilo de Gilvan. Ainda assim, o deputado Altinêu Cortes (PL-RJ) foi escalado para defender o deputado e fazer articulações com as demais lideranças da Câmara.
As desculpas e as conversas de bastidores surtiram efeito. A bancada do PL compareceu em peso no Conselho de Ética. O líder do partido, Sóstenes Cavalcante (RJ), elogiou Gilvan e declarou que ele voltará mais maduro depois da suspensão de três meses.
O relatório foi mudado após pedido de desculpas. Ricardo Maia (MDB-BA) foi o responsável pelo parecer e havia pedido seis meses de suspensão do mandato. Ele diminuiu a pena para três meses.