Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foi transferido neste domingo (18) para a Penitenciária Federal de Brasília (PFBRA), e ficará custodiado no mesmo presídio, considerado um dos mais rígidos do país, onde está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Tuta havia sido preso na Bolívia na sexta-feira (16) e, após ser expulso, foi entregue à Polícia Federal.
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Uma aeronave da Polícia Federal fez o transporte de Tuta da fronteira boliviana para Brasília. A escolta até a Penitenciária Federal em Brasília contou com 18 integrantes da Polícia Penal Federal e o apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.
Veja como é presidio onde estão Tuta e Marcola
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Tuta e Marcola dividem presídio federal de segurança máxima em Brasília — Foto: Divulgação
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Marcola e Tuta agora cumprem pena lado a lado na Penitenciária Federal de Brasília — Foto: Divulgação Secretaria Nacional de Políticas Penais
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Com celas individuais de concreto armado e vigilância constante, a PFBRA é considerada uma das prisões mais seguras do país — Foto: Divulgação Secretaria Nacional de Políticas Penais
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A Penitenciária Federal de Brasília possui 208 celas com estrutura rígida, pensada para impedir fugase rebeliões. — Foto: Divulgação Secretaria Nacional de Políticas Penais
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Preso na Bolívia e expulso para o Brasil, Tuta foi transferido para o mesmo presídio onde já está Marcola — Foto: Divulgação Secretaria Nacional de Políticas Penais
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Marcos Roberto de Almeida, o Tuta — Foto: MPSP/Reprodução
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Tuta, apontado como liderança do PCC nas ruas e número 2 de Marcola, foi entregue às autoridades brasileiras após ser preso na Bolívia — Foto: Reprodução/GloboNews
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Marcola, um dos nomes mais importantes do PCC, sendo levado a um hospital de Brasília para exames de rotina — Foto: Jorge William / Agência O Globo
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Condenado por tráfico e homicídio, Marcola, que está em presídio federal de Rondônia, era um dos presos que facção pretendia resgatar — Foto: Divulgação
Com celas individuais de concreto armado e vigilância constante, a PFBRA é considerada uma das prisões mais seguras do país.
A Penitenciária Federal de Brasília é uma das cinco unidades federais de segurança máxima do Brasil e segue um modelo de regime disciplinar diferenciado, com vigilância constante e controle rigoroso de movimentações. Entre os recursos tecnológicos, estão câmeras de alta definição, monitoramento em tempo real e sistema de captação de áudio ambiente. O conteúdo gerado é transmitido diretamente para a sede da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), em Brasília.
A estrutura da penitenciária é projetada para impedir qualquer forma de comunicação externa por parte dos detentos. As celas são individuais, há rigor no controle de visitas e os presos passam a maior parte do dia isolados. A muralha de segurança, construída para reforçar a proteção da unidade, custou R$ 46 milhões aos cofres públicos e teve sua execução acelerada após a fuga histórica de dois criminosos do Presídio de Mossoró, ocorrida em fevereiro de 2024.
Desde 2019, Marcola cumpre pena na unidade de Brasília, após ser transferido do sistema prisional paulista por representar alto risco de comando do crime organizado de dentro da prisão. Já Tuta, apontado como uma das principais lideranças atuais do PCC, foi capturado com apoio de autoridades bolivianas e imediatamente trazido ao Brasil.
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Inaugurada em 2018, a Penitenciária Federal de Brasília (PFBRA) foi a última das cinco unidades de segurança máxima criadas para isolar detentos de altíssima periculosidade, especialmente líderes de facções criminosas. Gerida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a unidade tem papel estratégico no combate ao crime organizado, ao dificultar a comunicação dos presos com o mundo externo.
Para garantir o cumprimento da Lei de Execução Penal, o presídio conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, dentistas, farmacêuticos e assistentes sociais, além de oferecer assistência material, incluindo alimentação, vestuário e medicamentos.
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As condições estruturais e operacionais da PFBRA seguem padrões rigorosos. A unidade dispõe de 208 celas individuais, cada uma com 6 m², distribuídas em quatro blocos subdivididos em alas com 13 celas. As celas são construídas em concreto armado, com mobiliário mínimo (cama, pia, chuveiro, mesa e assento), para evitar fugas e rebeliões.
Os internos recebem seis refeições por dia, com cardápios adaptados a restrições médicas, religiosas ou culturais. As demais penitenciárias federais estão localizadas em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO), compondo um sistema nacional de contenção de lideranças do crime.