“Morreu do que mais temia”, disse a mãe de Bruna. Após reconhecer o corpo da filha, Simone da Silva disse a jornalistas, do lado de fora do Instituto Médico Legal, que a estudante lutava pelo fim da violência contra a mulher. “Morreu como ela mais temia, como eu mais temia. Que peguem essa pessoa, porque essa pessoa está solta e vai matar mais”, afirmou.
Quem era Bruna?
Era formada em turismo pela USP e fazia mestrado. Bruna completou a graduação em 2018 pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, na USP Leste. Ela tinha ingressado havia poucos meses no mestrado em Mudança Social e Participação Política, também na Universidade de São Paulo. O objetivo era seguir com a pesquisa realizada em seu trabalho de conclusão de curso sobre um time de várzea sediado debaixo do Viaduto Alcântara Machado e formado por pessoas em situação de rua.
Bruna tinha um filho de 7 anos. O último ano da jovem na graduação coincidiu com a gravidez, aos 21. Ela pensou em pausar os estudos, mas a insistência da mãe a fez persistir. O filho, Iuri, era recém-nascido quando ela se formou.
Era filha mais velha e tinha dois irmãos: um de 25 anos e outro de 12, este último do segundo casamento de sua mãe.