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Cerco a Marina mostra força de frente antiambiental no Congresso

A Ministra do Meio Ambiente foi chamada à Comissão de Infraestrutura para falar sobre a criação de uma unidades de conservação marinha na Margem Equatorial.

Não era convite, era cilada. Os anfitriões nem simularam preocupação com o futuro de peixes e corais. Entraram na sala com o objetivo de atacar, provocar e constranger Marina — se possível, até tirá-la do sério.

A artilharia foi comandada pelo presidente da comissão, Marcos Rogério. Além de tabelar com os colegas mais agressivos, o bolsonarista silenciou o microfone da ministra diversas vezes para que ela não pudesse se defender.

Aliados do governo também participaram do cerco. Num dos pontos mais baixos da sessão, o senador Omar Aziz tentou responsabilizar Marina pela morte de 15 mil amazonenses na pandemia. Alegou que teria faltado oxigênio em Manaus porque a BR-319 não estava asfaltada. Ela precisou lembrar que deixou o ministério em 2008, 12 anos antes da chegada do vírus.

A audiência teve momentos de misoginia explícita. Marcos Rogério ironizou as queixas de convidada e disse que ela deveria “se pôr no seu lugar”. O tucano Plínio Valério, que já havia sugerido o desejo de ver Marina enforcada, afirmou que respeitava a mulher, mas não a ministra. Depois dessa, ela se levantou e abandonou o plenário.

A arapuca voltou a mostrar a força da frente antiambiental no Congresso. A maioria do Parlamento detesta Marina e as causas que ela representa: o combate ao desmatamento, a proteção das florestas, a demarcação de terras indígenas.

Parte dos ministros de Lula também vê o meio ambiente como um entrave ao desenvolvimento. Ao se juntar ao coro contra o Ibama, o presidente desautoriza a ministra e dá corda à turma que quer derrubá-la.

A agressividade dos ataques de ontem gerou uma onda de solidariedade à ministra, que ganha fôlego para resistir à fúria dos agrotoscos. Mas seria ingenuidade acreditar que o episódio vá alterar a correlação de forças no Congresso. Mais cedo ou mais tarde, o desmonte do licenciamento tende a ser aprovado em definitivo na Câmara.

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