
A prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello deve traçar o marco final de uma carreira política notável por suas surpreendentes idas e vindas. De apoiador do ex-rival Lula, após recuperar os direitos políticos perdidos no seu impeachment, até se posicionar como um fervoroso bolsonarista, o carioca radicado em Alagoas, de 75 anos, deixou sua marca na história com sucessos e derrotas nas urnas.
A última disputa de Collor foi em 2022, quando ele abriu mão de tentar a reeleição ao Senado para concorrer ao cargo de governador. A estratégia foi vista como uma alternativa diante da baixíssima chance de manter a vaga no Congresso em uma disputa contra o então governador Renan Filho (MDB).
Na campanha, Collor se vestiu de verde e amarelo e foi para as ruas com a camisa da seleção e o número 22 às costas, sempre citando Jair Bolsonaro. Seu candidato a vice era um dos mais ativos bolsonaristas do estado, o vereador de Maceió Leonardo Dias (PL).