A Polícia Federal encaminhou o pedido após determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes
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Redação Terra

Foto da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante uma coletiva de imprensa
Foto: FELIPE RAU / Estadão
O nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluído na lista da difusão vermelha da Interpol nesta quinta-feira, 5. Ontem, a Polícia Federal (PF) encaminhou o pedido após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação é da GloboNews.
O que aconteceu?
Na quarta-feira, 4, Moraes determinou a prisão da deputada após ela anunciar que saiu do País e estava nos Estados Unidos. A parlamentar ainda afirmou que depois viajaria para a Itália, país do qual tem cidadania.
Além da prisão e da inclusão na lista da Interpol, o ministro determinou o bloqueio dos passaportes dela, das contas bancárias e do salário e de quaisquer verbas de gabinete pagos pela Câmara à deputada. Também pediu o bloqueio dos perfis da parlamentar nas redes sociais, sob pena de multa.
Moraes ainda estabeleceu que a PF informe ao juiz a localização da deputada para viabilizar o pedido de extradição
O diretor-geral da PF, delegado Andrei Passos, confirmou que o pedido de inclusão na Interpol foi enviado por volta das 17h à sede da instituição, em Lyon, na França.
Deputada condenada
A deputada federal foi condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato pela Primeira Turma do STF no dia 14 de maio. Ela foi acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, que também foi julgado.
Foi determinado por Moraes que o hacker e a deputada pagassem R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. O ministro também fixou multas individuais para cada um, de cerca de R$ 2,1 milhões para a deputada e de R$ 520 mil para Delgatti. Zambelli podia recorrer da decisão, por isso a pena não havia ainda sido aplicada.