Deputada licenciada foi condenada a dez anos de reclusão, em regime inicial fechado, no caso da invasão aos sistemas do CNJ
Brasília|Do Estadão Conteúdo
Por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o banco Itaú bloqueou na última sexta-feira (6) contas e cartões de débito e crédito da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP).
Na quarta-feira (4), o magistrado tinha dado um prazo de 24 horas para que as instituições financeiras informassem sobre o bloqueio de contas vinculadas a Zambelli, depois de ela deixar o Brasil.
A instituição financeira informou ao Supremo que encontrou R$ 2.118,28 em uma conta-corrente em nome de Zambelli e R$ 5 em uma poupança criada pela deputada licenciada. As informações são sigilosas, mas ficaram disponíveis no site da corte por 10 minutos.
Os valores são baixos diante dos R$ 285 mil que Zambelli disse ter arrecadado em uma “vaquinha”, feita por meio de Pix, antes de sair do país. A parlamentar pediu doações a seguidores — forneceu seus dados bancários e afirmou que o dinheiro a ajudaria a pagar multas impostas pela Justiça.
Procurada pela reportagem, a assessoria da deputada licenciada não respondeu até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.
Na semana passada, o nome de Zambelli foi incluído na lista de procurados da Interpol. Redes sociais dela e de seus familiares também foram suspensas.
Ao se licenciar da Câmara dos Deputados, Zambelli perdeu os rendimentos mensais como parlamentar. Em seu lugar assume o suplente, o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).
Zambelli responde ainda a um processo criminal no Supremo por perseguir, com uma pistola, um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ela é ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Como argumento para ter deixado o país, a deputada licenciada alegou que sofre perseguição judicial por questões políticas.
Prisão definitiva e extradição
Nesse sábado (7), Moraes determinou a prisão definitiva de Zambelli. Ela foi condenada a dez anos de prisão em regime fechado pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Na mesma decisão, Moraes determinou que o governo brasileiro formalize o pedido de extradição da parlamentar à Itália.
O ministro do STF comunicou a Câmara dos Deputados sobre a determinação da perda imediata do mandato da parlamentar, que deve ser declarada pela Mesa Diretora da Casa, sem passar por votação em plenário.
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