O corpo da miss Serra Branca Teen da Bahia, Raissa Suellen Ferreira da Silva, foi encontrado pela Polícia Civil do Paraná no início da tarde desta segunda-feira (9). Ela estava desaparecida em Curitiba desde o dia 2 de junho, mas na manhã de segunda o humorista Marcelo Alves, amigo dela, confessou ter matado a jovem de 23 anos. As informações são do g1.
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Depois de confessar a autoria do crime, o homem levou uma equipe policial até uma região de mata no município de Araucária, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. No local, os agentes fizeram escavações e encontraram o corpo da vítima enrolado em uma lona.
O corpo foi retirado pela Polícia Científica e deverá passar por perícia.
Quem era Raissa?
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Aline Manzatto, delegada responsável pelo caso, informou ao g1 que o suspeito confessou ter matado Raissa estrangulada, utilizando uma abraçadeira plástica.
O homem, também natural da Bahia, disse que conhecia Raissa desde a infância.
— Eles tinham já um relacionamento desde a infância. Ele treinou a Raissa no Kung Fu num projeto social que ele tinha na Bahia. Ele conhecia tanto a Raissa desde pequena, quanto toda a família da Raissa. Quando ele veio para cá [Curitiba], ele acabou convidando a Raissa também para uma oportunidade de emprego em Curitiba e, então, ele acabou tendo essa situação de se apaixonar por ela — afirmou a delegada.
O que disse o suspeito à polícia
A delegada contou ao g1 que Marcelo Alves confessou que, na última segunda-feira (2), dia do crime, buscou Raissa afirmando que iria ajudá-la a conseguir um emprego em São Paulo.
Os dois almoçaram juntos e, em seguida, foram até a casa dele. Na ocasião, ele disse ter contado à Raissa que estava apaixonado por ela, mas que não foi correspondido. Segundo Marcelo, ele foi “xingado” pela miss.
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— Isso despertou uma ira dele. Disse que ficou com ódio e descontrolado, que pegou o fio de plástico e estrangulou a vítima, deixando ela num cômodo da casa e indo para outro. Dez minutos depois, ele retorna e a Raissa já está em óbito — disse a delegada.
Aline Manzatto disse ainda que, segundo o suspeito, ele enrolou o corpo de Raissa em uma lona, amarrou com fita adesiva e, depois, chamou o filho, que ficou desesperado e tentou convencê-lo a se entregar às autoridades.
Ainda assim, segundo a delegada, ele colocou o corpo da jovem no porta-malas de um carro emprestado por um amigo e, com ajuda do filho, dirigiu até à área de mata no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, onde enterrou a vítima.
O que diz a defesa
Caio Percival, advogado do suspeito, afirmou à RPC que não houve “premeditação” do crime. De acordo com a defesa, o humorista lamenta o caso e colabora com a Justiça.
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— Nós estamos falando e não há segredo nisso, é um crime passional. Marcelo é réu primário, Marcelo tem bons antecedentes, nunca pisou numa delegacia de polícia e infelizmente foi arrastado pelas barras da paixão à essa situação que foge, evidentemente, do normal. Nós temos uma causa de diminuição de pena que é a própria confissão e uma segunda causa de diminuição de pena que é o domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, já que, em dado momento, houve uma discussão entre eles — disse.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
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