A apologia ao crime, tipificada no Artigo 287 do Código Penal Brasileiro, significa defender, elogiar ou incentivar um crime ou um criminoso em público, como se a prática fosse justificável ou admirável. A pena pode ser de 3 a 6 meses de prisão, ou multa.
Com base nesta lei a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu MC Poze do Rodo. Poze é um jovem negro, oriundo de favela, que está sendo acusado de ligação com a facção criminosa Comando Vermelho.
Uma operação absolutamente espetacularizada, midiatizada, expuseram o corpo negro Poze cheio de tatuagens numa medida inócua, que não ataca o cerne do problema.
O problema do crime organizado não será solucionado prendendo um funkeiro de comunidade que canta sua realidade. Mas sim com uma ação estruturada e coordenada entre os estados e a união, como está propondo o governo federal com a PEC da Segurança Pública.
Enquanto isso, o estado brasileiro transmite para a população a sensação de que apologia ao crime é acompanhar Fernando Collor de Mello em décadas de delinquências terminar em prisão domiciliar “humanitária”.
Apologia ao crime é ver Sérgio Moro ter conduzido uma perseguição política contra Lula, quebrar a engenharia nacional e nem chegou a ser julgado.
Apologia ao crime é ver Flávio Bolsonaro livre e solto depois comandar um esquema de rachadinha.
Apologia ao crime é Jair Bolsonaro não ter sido preso e cassado por ter exaltado o torturador da Ditadura Militar.
Para estes e muitíssimos outros casos, a impunidade é a maior apologia ao crime.
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