Esse é apenas um dos problemas vistos. Entre os módulos de 1 a 5, o documento cita que existe um “canal aberto onde o esgoto é despejado”. “Além do cheiro forte, também foi relatada a existência de muitos insetos como moscas, mosquitos, baratas e até animais peçonhentos como lacraias e escorpiões”, completa.
Outro ponto citado é que a estrutura predial dos módulos e das celas está em péssimas condições. “Foi possível constatar inúmeros pontos de infiltração tanto dentro como fora das celas”, cita.
Como medida para mitigar o vazamento interno e evitar que colchões que são colocados no chão sejam molhados, as pessoas presas colocam pedaços de sabão em barra nas rachaduras. Também foi identificado muitos fios elétricos expostos, podendo causar choques elétricos, curtos-circuitos e/ou incêndios.
Relatório
Uma outra questão que aflige o sistema prisional alagoano é a falta de uma unidade para presos do sistema semiaberto, o que pode ajudar a entender a escolha do ex-presidente em cumprir pena no estado. Por isso, todos os presos que passam para o regime em Alagoas cumprem pena em prisão domiciliar.
“Daqui a 1 ano, 4 meses e 10 dias ele [Collor] poderá estar em casa, porque não há onde ficar no semiaberto aqui”, afirma o professor Welton Roberto.