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Ao lado de Macron, Lula diz que não deixará presidência do Mercosul sem fechar acordo com UE | Política

O presidente Lula disse nesta quinta-feira (5) que vai assumir a presidência do Mercosul e que, ao final do mandato de seis meses, terá concluído o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A fala foi durante declaração conjunta com o presidente francês Emmanuel Macron, na França.

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Lula se disse otimista e fez um apelo para que o presidente francês ‘abra o coração’ e assine o acordo.

‘E ao assumir a presidência, o mandato é de seis meses, eu quero lhe comunicar que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia. Portanto, meu caro, abra o seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com o nosso querido Mercosul’.

O acordo está para ser assinado há 20 anos. Hoje, a França é um dos principais países europeus contrários ao acordo, por entender que não há justiça com os agricultores franceses contrários à assinatura.

Mesmo diante das brincadeiras de Lula e risadas da plateia, Macron afirmou não haver um nível correto de regulamentação e disse ser preciso melhorar o acordo com cláusulas de salvaguarda e respeitando os agricultores, senão não será assinado.

‘Como é que eu vou explicar aos agricultores que, no momento em que eu exijo que respeitem as normas, eu abro o mercado para produtos que não respeitam essas normas?’.

Lula disse, no entanto, que ele é o presidente mais preocupado com o meio ambiente do mundo e afirmou que tem a melhor ministra do Meio Ambiente do mundo. Ele destacou que não pode haver um bloqueio, voltando a defender a assinatura do acordo e, inclusive, chamou Macron para uma mesa de negociação. O presidente brasileiro se colocou à disposição para viajar à França novamente e conversar com os próprios agricultores, mas disse que o país também está aberto para receber os agricultores franceses.

Os dois presidentes entraram em embate ao falar a respeito da guerra na Ucrânia. Isso porque Lula voltou a criticar o conflito, mas colocando mais uma vez a responsabilidade sobre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

‘As pessoas precisam se dar conta, e eu disse isso pessoalmente ao presidente Putin, de que chegou um momento em que as pessoas já sabem o que vai dar isso. Ou seja, já está mais do que provado a insanidade mental da guerra. A guerra não constrói nada, ela destrói’, disse Lula.

Macron, por outro lado, foi mais duro e disse que todos os países precisam fazer pressão contra a Rússia para pôr fim a esse conflito. Na visão do presidente francês, só há um agressor, o presidente russo Vladimir Putin.

‘Há um agressor, a Rússia, um agredido, a Ucrânia. Todos queremos a paz, mas os dois não podem ser tratados em pé de igualdade. Segunda coisa, a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo foi aceita pelo presidente Zelensky em março em Jedá. Ela continuou a ser recusada pelo presidente Putin. Ele iniciou a guerra e ele não quer um cessar-fogo’, afirmou Macron.

O presidente Lula também falou que, por estar na parte mais rica do mundo, a França não pode ser receptora de recursos, mas precisa pagar recursos para os países emergentes no combate às mudanças climáticas.

Os dois concordam ao menos num ponto: contra o tarifaço de Donald Trump e o que eles chamam de ‘protecionismo’, e saíram em defesa do multilateralismo e livre comércio.

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