Na última terça-feira, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) anunciou, durante uma entrevista ao vivo a um canal no YouTube, que havia deixado o Brasil.
Condenada pelo STF a dez anos de prisão por comandar e financiar uma invasão ao sistema do CNJ, a parlamentar se disse vítima de uma “perseguição judicial” empreendida pelo que classificou de “ditadura” do Supremo.
A decisão de morar fora do país, na Itália, onde, segundo ela, “é intocável”, pegou os advogados de surpresa.
O jurista Daniel Bialski havia pedido à deputada que parasse de “bater” nos ministros do Supremo, para que tivesse alguma chance de reduzir sua pena durante a análise do recurso.
O pedido de Bialski veio inclusive acompanhado de um alerta: se Carla prosseguisse com os “ataques” aos ministros do STF, não iria precisar de advogados. Afinal, ninguém conseguiria ajudá-la no Supremo.
Quando soube das declarações de Zambelli ao canal, Bialski buscou assessores da parlamentar. Irritado, questionou se ela “estava de brincadeira”. Na sequência, telefonou para a deputada comunicando sua renúncia ao caso.