A Prefeitura de Belo Horizonte e a União assinaram, nesta terça-feira, o termo que formaliza a municipalização do Anel Rodoviário. O trecho, que é uma rodovia e, por isso, pertence à União, passa a ser administrado pela prefeitura de Belo Horizonte.
A cerimônia contou com a presença ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB); do diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão; do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil); do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD); Ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo (PT); deputados e vereadores.
O trecho de 26 km, até então de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), conecta as rodovias que passam pela capital mineira: BR 040 (para RJ e Brasília), BR 381(para ES) e Rodovia Fernão Dias (para SP). Rota, inclusive, de muitos veículos de carga.
Ao longo dos anos, o anel rodoviário, construído na década de 1950, se transformou em uma avenida de Belo Horizonte que corta vários bairros da cidade. Dos 26 km de extensão do anel, 22km, entre o bairro Olhos D’Água e a Avenida Cristiano Machado, serão administrados pela prefeitura da capital mineira. Os outros 4 km, da Avenida Cristiano Machado a BR-381 entre BH e Caeté, permanecem com o Dnit até que o órgão finalize as obras que serão realizadas no trecho no período de 3 a 4 anos e, aí sim, também serão municipalizados.
A promessa, a partir de agora, é dar agilidade a obras e manutenção. A União vai liberar R$ 113 milhões. Desse total, R$ 50 milhões serão usados pelo próprio Dnit para recapeamento e sinalização da via. Os outros R$ 63 milhões serão repassados para Prefeitura de Belo Horizonte, com verba do Programa de Aceleração do Crescimento, para reformas em passarelas e viadutos, construção de novas alças e acessos.
Pelo anel rodoviário circulam 154 mil veículos diariamente, segundo a prefeitura de BH. De janeiro a abril deste ano foram registrados 1474 acidentes no anel rodoviário, uma média de 12 por dia. Neste período, cinco pessoas morreram e 206 ficaram feridas. Agora, registros de ocorrências no trânsito e fiscalização deixam de ser atendidas pela Polícia Rodoviária e passam para a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). A prefeitura pretende instalar 40 novos radares no anel rodoviário e limitar a velocidade máxima em 70km/h em todo o trecho.
Durante o evento, o prefeito Álvaro Damião disse que pretende enviar à Câmara Municipal um projeto de lei para alterar o nome do anel rodoviário de Celso Mello Azevedo para Fuad Noman, em homenagem ao ex-prefeito que morreu em decorrência de câncer em abril deste ano.