BRASÍLIA – A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (7) uma operação para desarticular um esquema de fraudes voltado à concessão indevida de aposentadorias com uso de vínculos empregatícios simulados e documentos falsificados.
Agentes foram às ruas para cumprir 17 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, além de bloquear bens e determinar a revisão de benefícios suspeitos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As fraudes ocorreram entre 2014 e 2023, por meio da transmissão extemporânea de GFIPs por empresas ligadas a contadores investigados. Dois advogados também são suspeitos de usar documentos falsos em ações judiciais para viabilizar os benefícios.
Conforme levantamento da Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Previdência, foram identificados 232 benefícios irregulares, com prejuízo estimado em R$ 56,6 milhões e risco de danos futuros superiores a R$ 200 milhões.
A operação ocorre em meio ao escândalos de cobranças indevidas nos contracheques de aposentados e pensionistas do INSS, que levou à queda do comando do instituto e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, com consequente saída do PDT da base de apoio ao governo Lula na Câmara.
