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A estratégia por trás do surpreendente encontro en…

Jair Bolsonaro não foi para ataque (ou embate) contra Alexandre de Moraes. E o encontro tão aguardado pelo país foi marcado, na verdade, por gestos respeitosos de lado a lado, e até, surpreendentemente, por brincadeiras.

A estratégia é o que os advogados sempre pediram ao ex-presidente, segundo apurou a coluna.O líder da extrema-direita chegou a convidar, de forma jocosa, o ministro do Supremo Tribunal Federal para ser seu vice numa chapa presidencial em 2026. “Eu gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026”, afirmou o ex-presidente. “Eu declino”, respondeu o ministro, laconicamente, sem provocá-lo com a ineligibilidade imposta pelo próprio magistrado, Bolsonaro ainda o chamou de “meu ministro”.

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Num momento anterior, o político extremista pediu desculpas sobre acusações de corrupção feitas contra ministros do STF no passado – “trinta, cinquenta milhões de dólares” para descumprir a lei. “Não tenho indícios, foi um desabafo. Peço desculpas”.

Em outro minuto do depoimento, Bolsonaro teve a cara de pau de tentar tirar o sentido da palavra golpe, tão admirada por ele quando analisada sua trajetória política de mais de 40 anos exercendo mandatos. “Golpe é uma coisa abominável, afirmou o ex-presidente que sempre defendeu o regime militar – e a tortura de adversários como método político.

O ex-presidente também fez um apelo: praticamente pediu para não ser condenado pela primeira turma do STF pela trama golpista, caso que ele já definiu como julgamento de cartas marcadas. “Não gostaria de ser condenado. Conto com [o voto] de vocês dois [Moraes e Luiz Fux], um julgamento isento”, pediu de forma bastante humilde.

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Bolsonaro ainda teve uma amnésia em relação a todas as afrontas feitas em sua carreira contra a mais alta corte do país, inclusive no absurdo dia em que, em frente ao quartel do Exército em Brasília, disse que não cumpriria mais decisões do Supremo. No depoimento, chegou a dizer que, mesmo discordando, “Tem que respeitar, tem que cumprir a decisão”.

O líder da extrema direita voltou a questionar as penas dos golpistas do 8 de janeiro, mas disse repudiar a baderna e afirmou não ter realizado qualquer colaboração para a tentativa de golpe e a destruição das sedes dos Três Poderes. Colocou também ao vento o raciocínio de que agiu para desmobilizar os caminhoneiros que faziam protestos e que nunca considerou pedidos de “intervenção militar ou de novo AI-5”.

“Não houve estímulo ao confronto da minha parte”, afirmou Bolsonaro, acrescentando que a transição de governo foi pacífica e que não convocou nenhum protesto. “Se eu almejasse o caos no Brasil, era só ficar quieto”. Bem, quieto o ex-presidente ficou após perder a eleição. Quieto para o público externo, mas não na conspiração com assessores e auxiliares contra o estado democrático de direito, segundo a procuradoria-geral da República.

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