Em claro recado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, o governo Trump anunciou, nesta semana, que aplicará sanções contra autoridades estrangeiras que tentem “censurar” cidadãos americanos ou residentes nos Estados Unidos.
É que Moraes abriu recentemente um inquérito para apurar a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) em conjunto com congressistas americanos para intimidar autoridades que investiguem crimes relacionados ao seu pai e aliados. Um ex-assessor de Trump, Jason Miller, chegou a marcar o ministro em uma publicação no X, antigo Twitter, em que falava sobre o anúncio das sanções.
Desde o anúncio feito pelo governo Trump, o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro tem evitado comentar o imbróglio.
À VEJA, interlocutores do partido de Jair Bolsonaro, o PL, disseram que a cúpula da legenda colocou “as barbas de molho” e que tem medo de possíveis cassações.
Na última semana, Moraes ameaçou prender o ex-ministro Aldo Rebelo, que foi ouvido no STF como testemunha de defesa na ação em que o Suprema investiga Bolsonaro e outros por tentativa de golpe de Estado.
Segundo os interlocutores do Partido Liberal, o entrevero com Rebelo e a recente cassação do mandato da deputada Carla Zambelli, do PL, pela Primeira Turma do Supremo, acenderam um alerta dentro do Partido Liberal.