PF não indiciou ex-presidente por ele responder a ação penal por integrar organização criminosa no caso da tentativa de golpe
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Federal concluiu a investigação sobre um suposto esquema de espionagem operado por uma “Abin Paralela”, que teria funcionado dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo fontes da corporação, o ex-presidente teve envolvimento no caso e teria integrado uma organização criminosa, mas Bolsonaro não foi indiciado porque já responde pelo crime na ação penal da tentativa de golpe de Estado.
O documento foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que vai pedir a manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o caso. A PF entende que o órgão pode recomendar que Bolsonaro seja acusado de novo por organização criminosa, mesmo já sendo alvo de outro inquérito.
O relatório do inquérito policial aponta os nomes de outras 36 pessoas que teriam participado do esquema para espionar inimigos políticos do ex-presidente. Entre eles, estão o filho do ex-presidente e vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que na época dirigia a Abin, e o atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Correa, indicado pelo presidente Lula (PT).
A apuração da PF mostrou que o suposto esquema teria espionado servidores da Receita Federal que atuaram para investigar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em um suposto esquema de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Ainda segundo o relatório da investigação, os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso estavam entre os alvos da “Abin Paralela”, assim como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL). As investigações também indicam que jornalistas teriam sido monitorados.
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