Além do ex-presidente, aparecem entre os indiciados o filho dele Carlos Bolsonaro e o atual diretor-geral da Abin
A Polícia Federal indiciou 37 pessoas suspeitas de usar a estrutura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para espionar inimigos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). O relatório foi entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal). Veja os nomes:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República
- Carlos Nantes Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro
- Luciana de Almeida, servidora da Abin
- Alexandre Ramagem Rodrigues, delegado da PF e deputado federal; ex-diretor-geral da Abin
- Felipe Arlotta Freitas, agente da PF
- Henrique César Prado Zordan, agente da PF
- Alexandre Ramalho Dias Ferreira, agente da PF
- Luiz Felipe Barros Felix, agente da PF
- Carlos Magno de Deus Rodrigues, agente da PF
- Marcelo Araújo Bormevet, servidor da Abin
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército
- Frank Marcio de Oliveira, ex-diretor-geral adjunto da Abin
- Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, delegado da PF e ex-diretor da Abin
- Paulo Maurício Fortunato Pinto, ex-secretário de Planejamento da Abin
- Erinton Lincoln Torres Pompeu, oficial de inteligência da Abin
- Paulo Magno de Melo Rodrigues Alves, diretor da Abin
- Marcelo Furtado, ex-diretor da Abin
- Luiz Gustavo da Silva Mota, servidor da Abin
- Alexandre de Oliveira Pasiani, ex-diretor da Abin
- José Matheus Salles Gomes, ex-assessor especial da Presidência da República
- Mateus de Carvalho Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social
- Richards Dyer Pozzer, empresário e influencer
- Daniel Ribeiro Lemos, assessor da Abin
- Rogerio Beraldo de Almeida, empresário
- Alan Oleskoviz, ex-superintendente da Abin no Acre
- Ricardo Wright Minussi, advogado
- Rodrigo Augusto De Carvalho Costa, delegado da PF
- Lucio de Andrade Vaz Parente, servidor público
- Alexandre do Nascimento Cantalice, ex-superintendente da Abin no Amazonas
- Victor Felismono Carneiro, oficial de inteligência da Abin
- Bruno de Aguiar Faria, servidor da Abin
- Eduardo Arthur Izycki, oficial de inteligência da Abin
- Rodrigo Colli, servidor da Abin
- Luiz Fernando Correa, atual diretor-geral da Abin
- Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Abin
- Luiz Carlos Nobrega Nelson, chefe de gabinete na Abin
- José Fernando Moraes Chuy, corregedor-geral da Abin
O Jornal da RECORD produziu uma reportagem sobre o assunto que vai ao ar nesta terça-feira (17). Assista ao vivo a partir das 19h55.
Investigação da PF
No relatório de mais de 800 páginas, a PF detalha o monitoramento de inimigos políticos de Bolsonaro, como ministros, políticos e até jornalistas.
Além disso, mostra a espionagem contra servidores da Receita Federal que atuaram para investigar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em um suposto esquema de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Em julho de 2024, vazou uma gravação de 2020 de uma conversa entre o então presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e advogadas do senador Flávio Bolsonaro discutindo um monitoramento desses auditores da Receita Federal.
Na gravação, Ramagem sugere que uma instauração de procedimento administrativo contra os auditores da Receita Federal provocaria mudanças em seus cargos.
Atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Correa é acusado de interferir nas investigações. Segundo a PF, ele protegeu servidores envolvidos e tentou atrapalhar as investigações.
O inquérito, que já se arrastava há dois anos, teve sete operações autorizadas pelo STF. Entre os demais indiciados estão agentes de carreira da Abin que teriam sido cooptados por policiais federais no período.
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