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Facção venezuelana mantém parcerias com PCC e Comando Vermelho • DOL

O que parecia mais um dia comum de trabalho em um frigorífico de Chapecó, no oeste catarinense, terminou com a prisão de um dos nomes ligados à facção criminosa Tren de Aragua no Brasil.

O homem identificado como, Andrés Marcelo Mendez Perez, 34 anos, foi localizado pela Polícia Civil após um ano e meio de buscas, suspeito de envolvimento no assassinato de um adolescente venezuelano em Boa Vista (RR), em 2020.

O corpo da vítima, de apenas 16 anos, foi encontrado às margens do rio Branco, sob a ponte dos Macuxis, com sinais claros de execução, perfuração no pescoço e mãos amarradas por um cadarço. O jovem vivia em um dos abrigos da Operação Acolhida, do Exército, voltada à recepção de refugiados venezuelanos no Brasil.

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Durante a abordagem em Chapecó, policiais relataram ter encontrado porções de drogas com Perez. Ele teria confessado ser usuário desde a adolescência e admitiu guardar entorpecentes em casa, onde também foi apreendida uma balança de precisão. Sua defesa, porém, nega o envolvimento no homicídio e diz que o equipamento não pertencia a ele.

A polícia, por outro lado, acredita que Perez tem vínculos com a Tren de Aragua, facção nascida na Venezuela que se expandiu pelo continente nos últimos anos. A organização já foi responsabilizada por dezenas de crimes no Brasil, incluindo assassinatos brutais e esquartejamentos, principalmente em Roraima, onde se fortaleceu a partir da crise migratória venezuelana.

De acordo com a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Roraima, a atuação da facção se aproveitou da falta de checagem de antecedentes criminais no processo de interiorização dos refugiados, promovido pela Operação Acolhida. “Eles podem entrar no Brasil e ‘nascer’ de novo, sem histórico criminal aqui”, afirma o delegado Wesley Costa de Oliveira.

O Tren de Aragua já atua em pelo menos cinco estados brasileiros e mantém conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Segundo a polícia, a facção abastece de armas e drogas os dois grupos, além de explorar garimpos ilegais e controlar a prostituição em territórios dominados.

Entre os crimes mais chocantes atribuídos ao grupo estão execuções de mulheres que não cumpriam metas de pagamento na prostituição e de integrantes que tentavam se desligar da organização ou colaboravam com a polícia. Em 2023, a polícia descobriu um cemitério clandestino com nove corpos em Boa Vista, todos venezuelanos.

Dois dos principais líderes da facção no Brasil, os irmãos Antonio e Daniel Cabrera, estão presos em Roraima. Investigações os apontam como responsáveis por execuções e tráfico na região. Um dos homicídios teria sido encomendado após uma vítima migrar do Tren de Aragua para o PCC.

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A influência da organização é tamanha que, neste ano, os Estados Unidos a classificaram como grupo terrorista. A medida embasou a deportação de mais de 200 venezuelanos detidos em El Salvador, fortalecendo o alerta internacional sobre a expansão transnacional da facção que, agora, também deixa rastros no interior do Brasil.

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