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“Não iria me submeter à maior humilhação”

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça-feira (10) os interrogatórios sobre a suposta trama golpista de 2022. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sexto réu a depor na ação penal que investiga uma suposta conspiração para impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta Bolsonaro como figura central da trama, que teria envolvido militares de alta patente e autoridades do governo federal.

“Maior humilhação do Brasil”

A declaração mais impactante do interrogatório foi a justificativa de Bolsonaro para sua ausência na cerimônia de posse em 1º de janeiro de 2023. “Não iria me submeter à maior humilhação do Brasil”, afirmou o ex-presidente, caracterizando a passagem da faixa presidencial para Lula como um ato humilhante.

A frase revela o estado emocional de Bolsonaro após a derrota eleitoral e sua dificuldade em aceitar o resultado das urnas. A ausência na cerimônia de posse quebrou uma tradição republicana de mais de um século e foi interpretada como um gesto de desrespeito às instituições democráticas.

A declaração também evidencia como Bolsonaro enxergava sua relação com Lula e o processo de transição de poder, transformando um ritual democrático em questão pessoal.

“Tivemos que entubar as eleições”

Sobre as reuniões ministeriais em que teria sido discutida a suposta minuta do golpe com comandantes militares, Bolsonaro tentou minimizar qualquer intenção golpista. “Não havia uma gana de procurar alguma saída. Tivemos que entubar as eleições”, declarou o ex-presidente.

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A expressão “entubar as eleições” sugere que Bolsonaro e seu governo foram obrigados a aceitar o resultado eleitoral contra sua vontade, reforçando a narrativa de que não houve tentativa efetiva de golpe.

Negação sobre apoio da Marinha

Um dos pontos mais controversos do interrogatório foi a negação de Bolsonaro sobre o suposto apoio da Marinha para uma eventual ação golpista. O ex-presidente refutou categoricamente as alegações do tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso, e do comandante Freire Gomes sobre o oferecimento de tropas navais.

“Bolsonaro ainda negou que a Marinha tenha colocado suas tropas à disposição dele”, contrariando depoimentos anteriores que apontavam o almirante Almir Garnier Santos como disposto a apoiar ações contra o resultado eleitoral.

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A negação coloca Bolsonaro em contradição direta com testemunhas-chave do processo, especialmente Mauro Cid, cuja delação premiada embasa grande parte da denúncia da PGR. O confronto entre versões será crucial para a avaliação da credibilidade dos envolvidos.

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