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“Tenho que provar inocência ou eles que sou culpado?”, diz Bolsonaro antes de depor

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (10) o julgamento sobre o suposto plano de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 30 réus. O caso, que investiga uma possível trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entra em seu segundo dia de interrogatórios.

Bolsonaro chegou ao Supremo às 8h30 e, em breve declaração à imprensa, questionou a lógica do processo: “Eu tenho que provar que sou inocente ou eles têm que provar que sou culpado?”. O ex-presidente manteve o tom de contestação ao afirmar categoricamente que “golpe não existiu”.

“Se eu puder ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, advertiu Bolsonaro, sinalizando que pretende fazer um longo depoimento. Pela ordem estabelecida, o ex-presidente será o sexto a depor perante o tribunal.

Estratégia de defesa inclui vídeos polêmicos

O ex-presidente revelou que pretende apresentar cerca de doze vídeos durante seu interrogatório. O material incluiria desde pronunciamentos seus até declarações do atual ministro do STF, Flávio Dino, com críticas às urnas eletrônicas feitas antes de sua nomeação para a Corte.

A estratégia de defesa também contempla a exibição de falas do ex-ministro da Previdência do governo Lula, Carlos Lupi, em uma aparente tentativa de demonstrar que críticas ao sistema eleitoral não eram exclusividade de Bolsonaro ou seus aliados.

A tática de usar vídeos de adversários políticos sugere que o ex-presidente tentará relativizar suas próprias declarações sobre o sistema eleitoral, apresentando-as como parte de um debate político legítimo e não como evidência de conspiração golpista.

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Defesa ataca credibilidade de Mauro Cid

O advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, chegou ao STF na manhã desta terça e imediatamente partiu para o ataque contra o principal delator do caso, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

Em conversa com jornalistas, Vilardi afirmou que Cid “mentiu, omitiu, esqueceu e trouxe informações que contrariam expressamente a denúncia” durante seu depoimento no primeiro dia de oitivas. “Para a defesa, foi ótimo”, declarou o advogado, sinalizando que pretende explorar contradições no relato do delator.

A estratégia da defesa parece clara: desacreditar o principal colaborador da investigação, cujo depoimento é considerado peça-chave para a acusação.

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Minuta do golpe e “Abin paralela”

No primeiro dia de depoimentos, Mauro Cid confirmou que Bolsonaro não apenas recebeu uma das “minutas do golpe” das mãos de Filipe G. Martins, então assessor da Presidência, como teria “enxugado” o documento para amenizar as prisões de autoridades e manter apenas o ministro Alexandre de Moraes na cadeia.

A confirmação de Cid reforça a tese da acusação sobre o envolvimento direto do ex-presidente na elaboração de documentos que poderiam embasar uma ruptura institucional após sua derrota nas eleições de 2022.

Outro réu ouvido no primeiro dia foi Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL. Em seu depoimento, Ramagem negou a existência de uma “Abin paralela” e afirmou que não distribuiu qualquer material, inclusive ao ex-presidente, sobre monitoramento de juízes ou questionamentos ao sistema eleitoral.

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