Decreto era genérico, diz Cid. Segundo ele, o documento discutido nessas reuniões, das quais participaram os comandantes das Forças apenas dizia “o quê, não dizia como”.
Cid reforça que suas mensagens não apontam descoberta de fraude eleitoral. Ele diz que “os dados eram trabalhados para isso, mas não se pôde comprovar nada”.
Primeiro a depor é Mauro Cid, delator no processo. Apesar de ter fechado o acordo de colaboração premiada, ele foi denunciado. Durante o julgamento, os ministros vão levar em conta a efetividade das informações fornecidas para decidir sobre os benefícios dados a ele. A delação é um dos principais pontos questionados pelas outras defesas.
Lei estabelece que o delator deve ser ouvido antes dos outros. O objetivo é assegurar que os outros réus conheçam as acusações e informações trazidas pelo colaborador antes de falarem, garantindo assim o amplo direito de defesa. Os outros acusados depõem por ordem alfabética.
Réus podem ficar em silêncio. Eles têm direito a não se autoincriminarem, por isso podem ficar calados e evitar responder a qualquer pergunta. Moraes, que é o juiz instrutor, é o primeiro a questionar, seguido de Paulo Gonet (procurador-geral da República) e das defesas dos réus, em ordem alfabética. Não há limite de tempo para cada depoimento
Bolsonaro será o sexto a depor. Os réus ficarão sentados lado a lado em ordem alfabética. Ele está sentado ao lado das defesas de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e do general Augusto Heleno, antigo chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).