Supremo tem segurança reforçada. O STF montou esquema parecido ao do recebimento da denúncia, em março, com maior controle na entrada e monitoramento. A sala fica em um edifício anexo ao tribunal, na praça dos Três Poderes. Os interrogatórios serão transmitidos pela TV Justiça. O UOL também exibe o processo ao vivo, a partir das 14h.
Cúpula do governo Bolsonaro vai ser ouvida. O STF interroga o ex-presidente, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. As sessões podem ser estendidas caso os depoimentos se alonguem.
Primeiro a depor será Mauro Cid, delator no processo. Apesar de ter fechado o acordo de colaboração premiada, ele foi denunciado. Durante o julgamento, os ministros vão levar em conta a efetividade das informações fornecidas para decidir sobre os benefícios dados a ele. A delação é um dos principais pontos questionados pelas outras defesas.
Lei estabelece que o delator deve ser ouvido antes dos outros. O objetivo é assegurar que os outros réus conheçam as acusações e informações trazidas pelo colaborador antes de falarem, garantindo assim o amplo direito de defesa. Os outros acusados depõem por ordem alfabética.
Réus podem ficar em silêncio. Eles têm direito a não se autoincriminarem, por isso podem ficar calados e evitar responder a qualquer pergunta. Moraes, que é o juiz instrutor, é o primeiro a questionar, seguido de Paulo Gonet (procurador-geral da República) e das defesas dos réus, em ordem alfabética. Não há limite de tempo para cada depoimento
Bolsonaro será o sexto a depor. Os réus ficarão sentados lado a lado em ordem alfabética. O formato deve fazer com que Bolsonaro fique sentado ao lado de Cid e do general Augusto Heleno, antigo chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).