MC Poze do Rodo cobrou punição para os policiais envolvidos em uma ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM em uma festa junina na Morro do Santo Amaro, no Catete, bairro do Rio de Janeiro. A operação vitimou o jovem Herus Mendes, de 24 anos, que trabalhava como office boy em uma imobiliária.
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Em entrevista concedida ao Voz das Comunidades durante o Festival MC Não é Bandido, que está acontecendo neste domingo (8) no Campo do Sargento, Complexo do Alemão, o funkeiro se mostrou revoltado com a atitude dos agentes.
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“Eu quero ver se vocês vão fazer vista grossa para isso [o caso de Herus]. Isso não pode acontecer, é inadmissível, queremos uma solução e uma resposta para qual vai ser a punição dos policiais que entraram atirando na comunidade do Santo Amaro em horário que não podia entrar”, avisou MC Poze do Rodo.
MC Poze do Rodo negou que faça apologia ao crime
Ainda na mesma entrevista, MC Poze do Rodo negou que faça apologia ao crime em suas músicas, acusação pela qual ele foi preso recentemente e passou cinco dias na cadeia. “Mostrar para o Estado que não somos bandidos, somos o contrário. Nós queremos fazer o favelado virar um artista, igual eu, igual o Oruam, e cada um deles virar uma potência no Brasil”, explicou.
O cantor seguiu: “Não ficar na favela, sofrendo covardia por causa de operação policial”. O famoso ainda destacou que, quando um MC canta nas favelas, são chamados de traficantes, mas quando cantam em casas noturnas de luxo têm entre seu público os filhos e netos dessas autoridades.
“O nosso som não é apologia. Nosso som é sobrevivência de quem vive aqui dentro, e nós cantamos o que nós vivemos. Não tem como uma criança que nasce e cresce aqui na comunidade falar de praia da Barra da Tijuca, eles cantam o que eles veem”, ressaltou MC Poze do Rodo. Confira:
