O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, determinou neste domingo (8) o afastamento dos responsáveis por coordenar a operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que resultou na morte do jovem Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, durante uma festa junina na comunidade Santo Amaro, no Catete, Zona Sul da capital. A ação ocorreu na madrugada de sábado (7) e também deixou cinco pessoas feridas.
De acordo com o portal g1, foram afastados o comandante do Bope, coronel Aristheu de Góes Lopes; o comandante do Comando de Operações Especiais, coronel André Luiz de Souza Batista; além de outros doze policiais envolvidos. A medida foi anunciada pouco mais de 24 horas após a operação.
Em publicação nas redes sociais, Castro afirmou que a apuração será conduzida com “extremo rigor e agilidade”. A Delegacia de Homicídios da Capital assumiu as investigações e tenta identificar de onde partiram os tiros que atingiram Herus, que assistia à apresentação de quadrilhas no momento em que foi baleado.
A Polícia Militar alegou que a operação foi motivada por denúncias sobre a presença de criminosos armados na região. A Corregedoria da corporação também instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias da ação. Segundo o governador, as imagens das câmeras corporais dos agentes envolvidos serão encaminhadas ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que realiza investigação paralela.
Herus trabalhava como office-boy em uma imobiliária e era pai de um menino de dois anos. O corpo foi sepultado neste domingo à tarde, no Cemitério São João Batista, na Zona Sul, sob forte comoção de familiares e amigos. Um dos feridos segue internado.
Em sua nota, Cláudio Castro prestou solidariedade às famílias das vítimas e afirmou sentir “tristeza e indignação” com o ocorrido.