A Delegacia de Homicídios da Capital assumiu as investigações do caso envolvendo o jovem Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, e tenta identificar de onde partiram os tiros que atingiram o rapaz.
O caso durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na Comunidade do Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio, na madrugada de sábado (7). No momento, acontecia uma festa junina no local, com centenas de moradores – entre eles, crianças, idosos e grupos culturais.
Herus, que trabalhava como office boy em uma imobiliária, assistia à apresentação das quadrilhas quando foi atingido por um tiro na barriga. Ele chegou a ser levado ao Hospital Glória D’Or, mas não resistiu aos ferimentos. O homem deixa um filho de dois anos.
Também baleado na ação, o estudante Emanuel da Silva Félix, de 16 anos, recebeu alta médica na tarde deste sábado (7). Dançarino de quadrilha junina e morador de São Gonçalo, ele fazia parte de um grupo com cerca de 60 pessoas que se apresentava na favela.
A quadrilha do Santo Amaro é organizada por moradores desde a década de 1980. Vídeos feitos por moradores e divulgados nas redes sociais mostram cenas de pânico, com pessoas tentando se proteger dos tiros em meio à festa. O som dos disparos interrompeu a música da apresentação e provocou correria.
A Polícia Militar alegou que a operação foi motivada por informações sobre a presença de criminosos armados na região. Um procedimento foi instaurado para apurar as circunstâncias da ação, e as imagens das câmeras corporais dos agentes estão sendo analisadas pela Corregedoria da corporação.
O Ministério Público do Rio abriu uma investigação independente sobre a ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais, que terminou com uma pessoa morta e outras cinco feridas.
