A casa, que assessora empresas na captação de recursos e adequação de estrutura de capital, calcula que o custo financeiro das operações de crédito para um ano suba em 2,1%. No caso de uma companhia de baixo risco de crédito, que paga um prêmio de 0,5% somado a Selic de 14,75%, um empréstimo de R$ 100 milhões por um ano, teria um custo anual, incluindo juros, de R$ 19,2 milhões, contra R$ 17,1 milhões antes da mudança no IOF.
Para uma companhia menor, mas não em situação de incapacidade financeira, o custo anual subiria para R$ 22,7 milhões, de R$ 20,6 milhões anteriormente à alteração na alíquota, considerando um prêmio em torno de 4% mais a Selic.
Dobrou na largada
“É um custo muito elevado, que faz uma diferença grande para a pessoa jurídica e que se soma a um juro já elevado”, afirma a diretora financeira da Seneca Evercore, Gersoní Munhoz. Ela lembra que, ao contrário de mudanças feitas em momentos anteriores da história econômica do Brasil, esta não passou despercebida porque a alíquota dobrou já na largada do empréstimo, sobre o principal.