Integrantes da cúpula do PL tiveram que atuar para amenizar a relação azeda entre Carla Zambelli e Jair Bolsonaro pouco antes da parlamentar fugir do Brasil.
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Membros do partido procuraram o ex-presidente e pediram para que ele não fizesse críticas públicas a deputada federal.
A solicitação foi feita após Zambelli ser condenada, por unanimidade, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CBJ). A deputada ainda responde a um processo por ter corrido armada atrás de um homem pelas ruas de São Paulo.
Bolsonaro vinha fazendo críticas públicas a parlamentar, inclusive apontado Zambelli como uma das culpadas por sua derrota em 2022, após o episódio de perseguir uma pessoa com uma arma nas mãos.
Após os apelos de integrantes do PL, como o líder da sigla na Câmara, Sóstenes Cavalcante, o ex-presidente concordou em não fazer ataques públicos a Zambelli e silenciar sobre seu caso.
O jogo mudou depois que a deputada fugiu do Brasil. Bolsonaro e seus filhos atuam para se distanciar da parlamentar e mostram irritação com as comparações feitas entre ela e Eduardo Bolsonaro, que está nos Estado Unidos em uma espécie de autoexílio para capitalizar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
Nesta quinta-feira (5), depois de deixar a Polícia Federal ao depor no inquérito que apura a atuação de Eduardo nos EUA, o ex-presidente disse que não tem relação com Zambelli e que não fez nenhuma doação para ela via PIX.
— Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli, não botei dinheiro no Pix dela, tá certo? Realmente acompanhei pela imprensa o caso dela — o ex-presidente.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou pelas redes sociais, na noite da última quinta-feira (5), ter autorizado que Zambelli se licenciasse do mandato. Ela chegou nesse mesmo dia na Itália e teve seu nome incluído no alerta da lista vermelha da Interpol.
