No dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinou a prisão preventiva de Zambelli. O magistrado solicitou a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol.
Em entrevista à rádio Auriverde, a deputada anunciou que tinha planos de sair dos Estados Unidos e se estabelecer na Europa. Zambelli possui cidadania italiana. O paradeiro oficial de Zambelli, no entanto, segue desconhecido. À Folha, o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo disse que a deputada “já está bem e em segurança na Itália”.
Eu acredito que, sim, pode ter algum tipo de entrave por parte do governo italiano [por serem da mesma corrente política, a extrema direita]. Eles são alinhados politicamente à vertente da Carla Zambelli.
Porém, de forma bastante segura, eu posso dizer que um governante eleito num país democrático (como é o caso da Itália) não pode sobrepor as suas vontades políticas ao que a Lei determina.
E, nesse caso, em particular, é claro que pode haver uma grande discussão dentro da Itália, se trata de uma perseguição política ou não. Essa é a única saída. Então, o único argumento que eu acho viável hoje para que a defesa da Carla Zambelli possa usar na Itália seria uma perseguição política. Mas nesse ponto eu até já me adiantei. Me parece que não se trata de uma perseguição política. Rafael Paiva, professor de direito penal
Diretor da PF diz não informar técnicas usadas para localizar foragidos
No UOL News, o diretor de Cooperação Internacional da PF (Polícia Federal), Felipe Seixas, informou que a corporação não divulga as técnicas utilizadas para localizar foragidos, como a deputada federal Carla Zambelli. A declaração foi feita após um youtuber descobrir a localização da parlamentar em Fort Lauderdale, na Flórida.