Uma operação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) prendeu 11 pessoas membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), na manhã desta segunda-feira, 2, em Fortaleza, suspeitos de extorquir dinheiro de donos de empresas de internet.
Do total, nove estavam em liberdade e foram capturados na comunidade do Sossego, no bairro Quintino Cunha, região oeste da Capital. Entre os presos, dois donos de empresas provedoras de internet também foram presos. Outros dois alvos já estavam reclusos no sistema prisional do Estado.
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As ações fazem parte da terceira fase da operação ‘Nocaute’, que busca prender membros da facção que atuam diretamente com crimes de ameaças na Capital, principalmente em ataques às provedoras de internet. Os agentes também apreenderam armas de fogo, munições, rádios comunicadores e bloquearam conta bancária.
Conforme os policiais da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), todos os alvos estavam com mandados de prisão e de busca e apreensão em aberto por integrarem organização criminosa. Dois deles, um homem de 33 anos e um de 27 anos, foram identificados como donos de uma empresa provedora de internet.
Um deles foi flagrado furtando energia e recebeu voz de prisão. O suspeito foi colocado à disposição da Justiça. Com o primeiro dono de uma provedora, foram apreendidos celulares. Nas diligências, uma terceira pessoa, que também estava com mandado de busca e apreensão em aberto, foi presa em flagrante.
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Desde janeiro, o Estado registra ataques a provedores de internet, que culminou em operações das Forças de Segurança do Estado com foco nas ações criminosas. Ao todo, com as prisões da nova fase da operação, sobe para 57, o número de criminosos retirados de circulação envolvidos nos crimes.
Elmano afirma prisão dos autores de ataques a provedores e diz haver empresas sócias de facção
Durante encontro com jornalistas no Crato, no Cariri, no sábado, 31, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), disse que todos os casos de ataques a provedores de internet no Ceará tiveram responsáveis presos.
“Não há um caso de ataque a provedores de internet que não tenha sido alguém preso. Em uma das operações chegamos a prender 51 pessoas, e nós prendemos muitos. Hoje nós não temos mais situação de ataque a esses provedores de internet”, afirma.
Ainda segundo o governador, em alguns casos, algumas empresas ou eram do tráfico ou estavam associadas ao tráfico. Ele disse que há empresários que são vítimas e outros que são coligados com o crime.
“As investigações mostram que tem empresas que usavam de sua sociedade com o tráfico para que seus concorrentes fossem expulsos daquele território”, pontuou o chefe do Executivo. (Colaborou Luciano Cesário)