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quem era o traficante Professor, morto a tiros no Rio

Foragido há mais de seis anos, Fhillip da Silva Gregório — o Professor — foi morto a tiros na noite deste domingo, no Rio era apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho fora do sistema penitenciário. Ele evitava sair da comunidade onde chefiava o tráfico e vivia escondido na Fazendinha, no Complexo do Alemão, de onde comandava a distribuição de armas e drogas da facção. “Não saio do morro tem três anos. Chego em casa e fico esperando pra ver se vai ter operação”, escreveu o criminoso em 2021, em mensagem interceptada pela Polícia Federal. Vaidoso, ele se submeteu à lipoaspiração, clareamento dentário e implante capilar. Neste último, agentes encontraram fotos em que ele aparece deitado em uma maca.

Segundo a Polícia Militar, Professor chegou já sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na Zona Norte, por volta das 21h20. As circunstâncias do crime permaneciam desconhecidas.

O traficante acumulava 65 anotações criminais e ganhou força na facção nos últimos cinco anos ao assumir o fornecimento de armas para a expansão do CV na Zona Oeste. Em troca da exclusividade no tráfico, recebeu o posto de chefe da Fazendinha, área estratégica do Alemão, onde instalou sua base operacional.

Dali, segundo investigações da Polícia Federal, ele coordenava a chegada de armamento vindo do Paraguai, Bolívia e Colômbia, com distribuição para outras favelas controladas pela facção. Também era apontado como responsável por negociações com fornecedores internacionais da Europa.

O nome de Fhillip Gregório também apareceu no centro de investigações sobre corrupção policial. Em abril, O GLOBO revelou mensagens obtidas pela PF que mostram Professor em conversas com comandantes de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Alemão. Nos diálogos, policiais negociavam áreas de patrulhamento, elogiavam sua “gestão” e garantiam continuidade de contato, inclusive repassando a ele o número de celular do substituto no batalhão. Professor, por sua vez, cobrava a retirada de blindados da comunidade: “Tenho a força, ninguém tem mais soldado e fuzil que eu na facção, nem por isso fico de arrogância”, escreveu. O PM respondeu: “Suave, já desenrolei.”

Em outra troca, o traficante explica os acordos: “O cara lá de cima pediu pra dar uma segurada no morro. Eu seguro. Mas falei: ‘Deixa a Coreia e não faz operação por roubo que senão eu mando roubar tudo’. Meu bagulho é droga. Hoje, o GAT já tava na Coreia. Deixa meu bagulho andar, mano.”

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Essas mensagens integram o inquérito que deu origem à Operação Dakovo, deflagrada em dezembro de 2023, que levou à denúncia de 28 pessoas por tráfico de 43 mil armas do Paraguai para facções brasileiras. Professor era apontado como o principal responsável pelas compras de armamento do CV.

O controle que exercia sobre a comunidade também aparece em conversas interceptadas. Em uma delas, uma mulher pede autorização para dar entrevista sobre a paralisação do Teleférico do Alemão. “Não, não pode pedir teleférico de volta não, a gente não quer”, respondeu ele.

A violência de suas ordens também era alvo de investigações. Em 15 de outubro de 2023, um idoso de 74 anos, com Alzheimer, foi espancado por traficantes na Fazendinha após ser confundido com um pedófilo. Após uma ligação de um dos agressores, Professor teria ordenado a execução da vítima. O assassinato resultou na decretação de um novo mandado de prisão contra ele — o terceiro ativo à época da morte.

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O histórico criminal é extenso. Preso pela PF em 2015 por tráfico internacional de drogas e armas, Professor fugiu do sistema penitenciário em 2018, ao não retornar de uma saída temporária. Desde então, estava foragido. A Justiça Federal da Bahia também decretou sua prisão após uma investigação apontá-lo como elo entre fornecedores sul-americanos e a facção. A apuração revelou movimentação de R$ 1,2 bilhão em três anos pela quadrilha da qual fazia parte.

No domingo, seu corpo foi levado à UPA de Del Castilho por pessoas próximas. No local, a esposa da vítima, Gabriele de Almeida Rangel, e o advogado Eli Florêncio da Luz fizeram a identificação. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

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