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O que está por trás da fala do senador contra Mari…

Usada pelo senador bolsonarista Marcos Rogério contra Marina Silva, a expressão “ponha-se no seu lugar” é um triste clássico no Brasil. Clássico do preconceito, do racismo, do machismo, do “mandonismo” e do coronelismo.

A expressão é absolutamente eloquente no Brasil porque tem histórico da dor que ela impõe às pessoas. Há 525 anos tem um branco dizendo para uma mulher, uma mulher negra, a um negro e a um ou a uma indígena essa mesma frase.

Por isso, ela é inaceitável. Carrega séculos de chibata, de violência. Além do machismo branco. Não tem outro caminho de explicação, apesar de Marcos Rogério ter tentado inverter a lógica e dizer que estão explorando politicamente o fato. 

Não é necessário. Basta ouvir a frase, ela é auto-explicativa no Brasil. “Ponha-se no seu lugar” quer dizer “eu sou melhor que você, você é inferior a mim”. É uma frase que não pode ser dita.

O que aconteceu na Comissão de Infra-estrutura do Senado tem ainda outra complexidade. Independentemente da tendência política, alguns políticos do norte do país querem uma política ambiental do “liberou geral”.

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Há uma aliança, inclusive com integrantes da base do governo, a favor de explorar o petróleo e, principalmente, acabar com a legislação ambiental atual que, para eles, atrapalha o desenvolvimento. O que nem todo o PT entendeu é que está em curso um ataque à política ambiental do governo Lula, a política que o diferencia completamente do governo Bolsonaro. 

A política que protege o meio ambiente, que cumpre as leis ambientais, que respeita os órgãos ambientais do país, e que colheu no primeiro, no segundo e agora no terceiro governo Lula a queda do desmatamento e o respeito internacional. É esse patrimônio que está sob ataque, senhores senadores governistas.

Há um raciocínio muito retrógrado na frase do senador Omar Aziz de que Marina Silva atrapalha o desenvolvimento. Eles não querem uma política ambiental que proteja a Amazônia. Por isso, Plínio Valério disse que queria enforcá-la e nesta terça, 27, foi um dos que, mais uma vez, participou da violência contra ela na Comissão.

Violência que é sim uma reação às ideias da Marina, mas piora porque eles não gostam de ela ser uma mulher, negra e ambientalista implantando uma política que reflete essa visão atualizada: de como desenvolver o país com respeito ao meio ambiente.

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