Após ser interrompida, ter o microfone cortado e ouvir que não merecia respeito por ser ministra, Marina Silva abandonou a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado nesta terça-feira. A reunião, que deveria discutir a criação de unidades de preservação marinha, tornou-se palco de agressões verbais e machismo explícito. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), investigado no Conselho de Ética por ameaças anteriores à ministra, afirmou: “A mulher merece respeito, a ministra, não”. Marcos Rogério (PL-RO), presidente da comissão, mandou que Marina “se pusesse no seu lugar” e a interrompeu diversas vezes.
A cena contrastou com a recepção calorosa dada à influenciadora Virgínia Fonseca, que, ao ser chamada à CPI das Apostas, conseguiu colocar senadores para apostar em tempo real com seu celular, recebendo elogios e risadas.
Diante da discrepância, aliados sugeriram em tom amargo: “Talvez Marina devesse vender bet para ser tratada com civilidade”.
Outros disseram que se Marina houvesse agredido fisicamente e sexualmente um ex-parceiro, seria até ex-presidente da Câmara.