Eu teria dado voz de prisão ao presidente? Não aconteceu isso, de forma alguma. O que eu alertei ao presidente, sim, é que, se ele saísse dos aspectos jurídicos, até que ele não poderia contar com nosso apoio e poderia ser enquadrado juridicamente.}
Freire Gomes, ex-comandante do Exército, em audiência no STF
Em março, Bolsonaro disse que “discutir hipótese não é crime”. Era uma referência à reunião que realizou com Freire Gomes. Afirmou ainda ser inocente, mas admitiu ter discutido a “hipótese” de algum tipo de ação após a derrota na eleição. Ele repetiu esses termos durante a entrevista ao UOL na semana passada.
Moraes interrompeu advogados que tentaram interceder no depoimento. Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, e Demóstenes Torres, que representa Almir Garnier, tentaram se manifestar durante os questionamentos da PGR a Freire Gomes, mas foram interrompidos por Moraes, que só deixou que eles se manifestassem depois que a PGR encerrou suas perguntas.
Outras testemunhas também prestaram depoimento. Foram ouvidos Éder Lindsay Magalhães Balbino (dono da empresa contratada pelo PL para fiscalizar o processo eleitoral), Clebson Ferreira de Paula Vieira (ex-integrante do Ministério da Justiça) e Adiel Pereira Alcântara (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal).
Testemunhas depõem até junho
As audiências para ouvir as testemunhas de acusação e defesa serão realizadas até 2 de junho por meio de videoconferência. Além de advogados e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e os colegas Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanham os depoimentos.