A fala gerou um burburinho na viagem e, repercutida na imprensa, gerou mal-estar no Planalto. O vazamento do episódio para a imprensa deixou o presidente Lula (PT) irritadíssimo e ele cobrou seus ministros mesmo antes de voltar ao Brasil, segundo pessoas próximas.
Por mais que algumas pessoas se sintam incomodadas ou achem que não cabe a mim falar, questionar ou discutir sobre isso, reforço aqui meu compromisso de seguir lutando por um espaço digital respeitado, principalmente, porque me preocupo imensamente com as mulheres e crianças deste país, as principais vítimas dos crimes digitais.
Janja da Silva, sobre polêmica na China
Ela defendeu ainda a regulamentação das plataformas. “A gente precisa que as mães se unam numa voz forte que seja ouvida no Congresso Nacional para que efetivamente a regulamentação das plataformas aconteça e que a gente não viva mais casos como o de vivenciar uma menina de oito anos morrer porque cheirou desodorante, gente.”
Também ficou clara a insatisfação com a repercussão do caso. “A gente precisa tratar isso de uma forma um pouco mais séria e não como fofoca de bastidor”, disse. Ao fim da fala, ainda brincou com o uso da palavra “tropeço” para as suas ações.
Em coletiva ainda na China, Lula negou a gafe da esposa e não escondeu o descontentamento. “Se o ministro estivesse incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair [da reunião]“, em recado claro aos subordinados.
Uma caça às bruxas completa foi instalada, segundo pessoas que frequentam o Planalto, e a crise escalou. Mais do que vazar a fala, se expôs quem poderia ter sido a fonte da informação: a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo revelou que poderia ter sido o ministro Rui Costa, da Casa Civil, o que deixou o clima no Planalto o pior possível.