O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado nesta quinta-feira (8) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostra que Niterói perdeu dez posições no ranking estadual ao longo de dez anos, saindo da primeira posição em 2013 para a 11ª posição em 2023. Apesar do recuo, a cidade manteve desenvolvimento socioeconômico moderado no período, com melhora nos indicadores Educação e Saúde e piora do indicador Emprego & Renda. O relatório de 2025 foi elaborado com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023. Foram analisados 5.550 de 5.571 municípios brasileiros, que concentram 99,96% da população. As 92 cidades fluminenses estão no relatório.
Criado em 2008 e atualizado este ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento socioeconômico. Por meio da pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 (desenvolvimento crítico), entre 0,4 e 0,6 (desenvolvimento baixo), entre 0,6 e 0,8 (desenvolvimento moderado) e entre 0,8 e 1 (desenvolvimento alto). O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.
No período de 2013 a 2023, Niterói apresentou piora do indicador no IFDM Emprego & Renda, com a pontuação de 0,8354, representando uma perda de 11,8% — a pontuação foi de 0,9471 em 2013. No IFDM Educação, a variação ficou positiva em 18,1%, alcançando a pontuação 0,6072, frente ao resultado de 0,5142 em 2013. O IFDM Saúde foi de 0,7247 (+2,6%). O IFDM Geral do município se manteve moderado, com a pontuação de 0,7224, mesmo patamar de 2013 (0,7226). No Leste Fluminense, com a mesma classificação moderada estão Maricá, com 0,6644, ponto e Rio Bonito, com 0,6433.
São Gonçalo na lanterna
Na análise por região, o resultado de seus seis municípios fez com que o Leste Fluminense ficasse com o terceiro menor IFDM médio do estado do Rio. Maricá ocupa o segundo lugar entre as cidades da região, seguida de Rio Bonito. Logo depois, com baixo desempenho, vêm Itaboraí, Tanguá e, na última colocação, São Gonçalo.
São Gonçalo, a segunda cidade mais populosa do estado, ocupa a antepenúltima posição no ranking geral do estado do Rio e, na região Leste, possui os piores desempenhos em Educação e Saúde. Em Emprego & Renda, apenas Tanguá registrou desempenho pior. Na análise evolutiva, São Gonçalo perdeu 16 posições no ranking estadual devido à queda no IFDM Emprego & Renda, que foi de 0,5649 (-10,4%), e ao baixo crescimento nos outros dois indicadores, Educação de 0,4312 (+13,5%) e Saúde, 0,4454 (+6,0%). Com desenvolvimento baixo, a cidade teve IFDM Geral de 0,4805.
Ao todo, a região Leste ficou com IFDM médio de 0,6011, 3,4%, abaixo da média dos municípios do estado do Rio de Janeiro (0,6224). Somente o IFDM Emprego & Renda (0,6739) ficou acima da média estadual: 1,9%. Já o IFDM Educação (0,5386) e o IFDM Saúde (0,5908) ficaram abaixo da média do estado: 10,6% e 2,1%, respectivamente.