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‘Mataram o cachorro, deram um soco na boca da minha avó’, acusa neta de Celsinho da Vila Vintém

Lara Mara, neta de Celsinho da Vila Vintém, preso nesta quinta-feira pela Polícia Civil, denuncia que agentes agrediram a sua família durante a prisão de seu avô. De acordo com ela, que também é presidente da escola de samba Unidos de Padre Miguel, ao entrarem na casa, os policiais deram um soco na boca de sua avó, Deise Mara, e apontaram um fuzil para seu irmão, de 16 anos, que ainda estava dormindo. Além disso, ela acusa que os policiais também mataram o cachorro da família.

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— Foi um absurdo! Estava dormindo na casa dos meus avós, quando invadiram a casa. Arrombaram a porta, mataram nosso cachorro, deram um soco na boca da minha avó e apontaram um fuzil na cabeça do meu irmão, de 16 anos, ainda dormindo na cama. Depois levaram meu avô — relata Lara Mara.

Ela afirma que os policiais não se identificaram. Lara e os parentes foram para a Cidade da Polícia registrar a agressão sofrida pela família durante o cumprimento do mandado de prisão contra seu avô.

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‘Agrediram a gente’: neta de Celsinho da Vila Vintém acusa policiais

Lara nega que a família tenha reagido à prisão e reclama que todos da família foram tratados como se fossem criminosos:

— Fomos tratados como bandidos. Querem prender, tem que ser na moral, no respeito — disse ela.

Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, de 63 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil durante operação na Vila Vintém, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Segundo investigações da Polícia Civil, Celsinho — fundador da facção Amigo dois Amigos (ADA) — aliou-se a chefes do Comando Vermelho (CV) em disputas territoriais e retomar comunidades de Santa Cruz, na Zona Oeste, que estão atualmente sob influência da milícia.

A prisão foi uma etapa da Operação Contenção, que visa a conter e atacar o avanço territorial do CV na Zona Oeste do Rio. O principal objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa, além de prender traficantes que atuam na região. Desde que a ação foi deflagrada, já foi pedido à Justiça o bloqueio de mais de R$ 6 bilhões em bens e valores da facção criminosa.

Celsinho da Vila Vintém é preso e levado para a Cidade da Polícia

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Celsinho foi preso na Rua General José Faustino, principal acesso à Vila Vintém. Ele foi localizado por equipes da 32ª DP (Taquara), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte). Em um carro blindado da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), num forte esquema de segurança, o traficante foi levado para a Cidade da Polícia.

O traficante já chegou a ser o bandido mais procurado do Rio nos anos 1990. Ficou preso por 25 anos, e saiu da prisão em outubro de 2022. Ao sair, prometeu que nunca mais voltaria a praticar crimes. Ele, inclusive, afirmou em fevereiro do ano passado que estava criando porcos na Vila Vintém.

Celsinho começou na vida do crime com assaltos a caminhões de carga na Avenida Brasil. As mercadorias roubadas eram distribuídas para moradores da Vila Vintém, o que fez com que se tornasse querido na comunidade. Em meados dos anos 90, assumiu o controle do tráfico na região.

Em 2002, uma das vezes que foi preso, Celsinho falou ao GLOBO: “Eu sou traficante. Vivo do tráfico. Sou bandido. Mas eu sou um cara devagar, não dou tiro na polícia. Eu fujo da polícia. Compro meu pozinho, minha maconha e vendo”. Ele disse ainda que, na época, faturava “uns R$ 50 mil por semana”. “Mas tenho que pagar muitas coisas. Sobram só dez milzinhos por semana. Mando só na Vila Vintém e no Curral das Éguas”.

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