Pesquisa AtlasIntel realizada para o programa GPS CNN aponta que 4 em 10 brasileiros disseram conhecer ou serem elas próprias vítimas de descontos indevidos em aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A fraude revelada por investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) levaram à troca no comando do órgão e a um pedido de demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
De acordo com o levantamento, 6,4% disseram ter sido vítima de descontos indevidos e 35,6% afirmaram conhecer alguém que foi prejudicado por essa prática.
Outros 58% disseram não ter sido vítima nem conhecer alguém nessa situação.
Levando-se em conta a faixa etária dos respondentes, é justamente naqueles com mais de 60 anos que são mais altas as taxas de quem foi lesado ou conhece alguém que teve desconto indevido em aposentadorias e pensões.
Somam 24,2% as pessoas dessa idade que disseram à AtlasIntel ter sido vítima do esquema, e outros 25,4% afirmaram conhecer alguém prejudicado.
Quando se leva em conta o voto no segundo turno das eleições de 2022, é entre o eleitorado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que surge o maior índice de quem se diz alvo das fraudes: 11,5% desse público, ante 2,2% entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa também indica alta taxa de conhecimento sobre as notícias a respeito da fraude no INSS. Pelo levantamento, 84,4% disseram ter acompanhado bem o caso, ante 15,6% que afirmaram ter ouvido falar, mas sabem pouco sobre o assunto.
Os números da AtlasIntel mostram o potencial do caso na imagem do governo e do presidente, que começavam a esboçar uma recuperação no mês de abril.
A pesquisa para o GPS CNN desta semana foi realizada entre os dias 29 de abril e 1º de maio, com mil entrevistados. A margem de erro é de três pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.