O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão da Justiça. Depois, foi demitido pelo governo. O ministro Carlos Lupi foi quem indicou Stefanutto ao cargo.
Ontem, durante pronunciamento em rede nacional para comemorar o Dia do Trabalhador, Lula defendeu o ressarcimento de vítimas de fraudes no INSS e atribuiu ao seu governo a responsabilidade sobre o fim do esquema.
Ao Canal UOL, Andreza explicou que, pelo menos por enquanto, o ministro Carlos Lupi se segura como pode.
O que eu ouvi —tanto por parte dos investigadores da Polícia Federal quanto da CGU, órgãos responsáveis pelas investigações— é que não tem nada contra o ministro, a não ser prevaricação, o que já pode ser muito também, mas envolvimento com os desvios até este momento.
O presidente Lula não tem uma característica de forma direta. Ele vai deixando o ministro ser fritado até em que chega uma hora e não tenha mais condições. O ministro Lupi é uma indicação do presidente Lula. E o presidente do INSS, uma indicação do Lupi. É uma escadinha.
Não é fácil fechar esse xadrez: uma eventual demissão do Lupi pode esbarrar no presidente Lula, e é ele quem terá de explicar essa história. Neste momento, o Lupi tem defesa de uma ala do governo e uma defesa dos órgãos de investigação. Na minha avaliação, se vier uma denúncia ligando o ministro ao esquema aí a gente verá o Diário Oficial saindo no dia seguinte com o pedido de demissão do ministro. Andreza Matais, colunista do UOL