A perícia confirmou que havia veneno em um ovo de Páscoa que levou à morte uma criança e uma adolescente, além de deixar a mãe delas internada numa UTI, na cidade de Imperatriz, no Maranhão, no dia 16 deste mês. A análise encontrou vestígios de um pesticida altamente tóxico nos materiais biológicos das vítimas, assim como no ovo de chocolate.
O mesmo veneno foi encontrado ainda em materiais apreendidos com a suspeita, que foi detida pouco tempo depois do envenenamento e está aguardando julgamento no presídio feminino de São Luiz. Ela foi indiciada pelos homicídios qualificados de Evillyn Fernanda, 13, e Luís Fernando, 7, com dois agravantes: motivo fútil e contra menor de idade.
A mulher, cujo nome não foi divulgado pela polícia, foi indiciada também pelo crime de tentativa de homicídio qualificado contra Mirian Lira Rocha, mãe de Evillyn e Luís, também com agravante de motivo fútil. A principal linha de investigação da polícia aponta que o crime teria sido cometido por inveja e ciúmes, já que a suspeita é ex do atual companheiro de Mirian. Segundo os investigadores, chegou a se disfarçar, usando uma peruca, para comprar o chocolate em uma loja da cidade.
O chocolate envenenado foi entregue na residência da família por volta das 19h de quarta-feira, 16, por um mototaxista contratado pela suspeita. Junto do ovo de Páscoa, havia um bilhete escrito pela suspeita, com desejo de “Feliz Páscoa”.
O mototaxista foi ouvido pela polícia e as informações repassadas foram fundamentais para que a polícia chegasse até a suspeita. Não foram encontrados indícios de que ele estivesse envolvido no crime.
A suspeita foi presa na noite da quinta-feira, 18, em um ônibus interurbano, foi atuada em flagrante na delegacia regional de Santa Inês. Com ela, os policiais apreenderam várias provas, como a peruca e os óculos que ela usou como disfarce para comprar o chocolate, notas de compras, cartões, um crachá falsificado e uma porção e granulado (flocos de chocolate).
