Agora caberá ao conjunto dos 513 deputados decidir o destino de Glauber. O processo será votado no plenário da Câmara e é necessário maioria absoluta para a cassação.
Ele perde o mandato se houver votos de 257 deputados. Mesmo que seja obtida a maioria dos deputados presentes na sessão, Glauber se mantém como deputado se este número mínimo não for atingido.
A votação será nominal, ou seja, será identificado como cada parlamentar votou. Outro fator a ressaltar é que as abstenções beneficiam Glauber. Cada ausência significa um deputado a menos para chegar nos 257 votos.
Não há data para votação. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se comprometeu a levar o caso ao plenário somente depois de 60 dias —o prazo se completa em 27 de julho.
A análise de hoje não tinha a ver com o “mérito” do processo. Isso significa que não houve avaliação sobre existirem ou não razões para cassar Glauber. Os deputados verificaram apenas se o processo no Conselho de Ética respeitou ou não as regras. O relatório de Alex Manente (Cidadania-SP) foi que o processo foi legal. Esse foi o texto que foi aprovado pela maioria, levando o caso a seguir para votação em plenário.
Glauber corre risco de cassação porque agrediu um integrante do MBL. Ele retirou o militante aos empurrões de dentro do prédio da Câmara e deu um chute nele. A atitude foi gravada e foi oferecida uma representação ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.