Quem era a brasileira que morreu atropelada em ataque no Canadá

Resumo
A brasileira Kira Salim, de 34 anos, foi uma das 11 vítimas fatais de um atropelamento em um festival de rua em Vancouver, Canadá, causado por um motorista com problemas de saúde mental.

Dentre as 11 pessoas que morreram atropeladas em um festival de rua em Vancouver, no Canadá, no último domingo, 27, estava a brasileira Kira Salim, de 34 anos.

Ela morava no país havia três anos e participava do evento que celebrava o Dia de Lapu Lapu, que é um herói filipino que lutou contra a colonização espanhola.

Kira era formada em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), e tinha mestrado em Intervenção Psicológica em Desenvolvimento e Educação pela Universidad Europea del Atlántico.

Em seu perfil na plataforma profissional LinkedIn, Kira se apresentava como uma “profissional de saúde mental dedicada”. “Minha missão pessoal é facilitar e orientar jovens e comunidades marginalizadas a prosperarem em suas vidas, criando um ambiente diverso e equitativo que estimule diferentes pontos fortes e personalidades, além de fornecer soluções personalizadas e inovadoras para apoiar os pacientes”, escreveu.

Há nove meses, ela fez uma publicação em que comemorava ter se tornado Conselheira Escolar de estudantes do Ensino Médio em um colégio em New Westminster, cidade a cerca de 26 quilômetros de Vancouver.

“Poder apoiar a comunidade escolar de New Westminster é um sonho realizado e estou imensamente feliz em continuar trabalhando com o distrito nesta nova função, ao lado de uma equipe tão incrível”, disse à época.

O ataque

Motorista invade festival e atropela multidão no Canadá:

Segundo a polícia local, pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas após serem atropeladas num festival de rua na zona sul de Vancouver. O evento celebrava o Dia de Lapu Lapu, que é um herói filipino que lutou contra a colonização espanhola. De acordo com a mídia local, os mortos tinham idades entre cinco e 65 anos.  

O motorista, um homem de 30 anos, foi cercado pelo público do evento e preso pela polícia. A hipótese de terrorismo já foi descartada pela polícia de Vancouver. Em coletiva, o chefe interino da polícia local, Steve Rai, afirmou que o suspeito sofre com problemas de saúde mental.

O suspeito foi identificado como Kai-Ji Adam Lo. Após audiência de custódia realizada neste domingo, 27, ele enfrenta ao menos oito acusações de homicídio. Se condenado, ele pode receber a pena de prisão perpétua.

Após o incidente, o prefeito de Vancouver, Ken Sim, disse que lançará uma “revisão completa” das medidas de segurança de eventos da cidade à luz de questões sobre barreiras e controle de tráfego.